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Minha experiência inesquecível como voluntário em Valparaíso, Chile

Depois de ter iniciado meu ano sabático na Argentina, cheguei no Chile para começar mais uma aventura.

Guilherme

Set 23, 2020

5min

paisagem do acuarela hostel

1. Cheguei no Chile e agora?

Foi uma viagem de cerca de oito horas de Mendoza até Valparaíso e a ansiedade de conhecer minha próxima experiência era enorme.

Chegava a hora de conhecer meu novo voluntariado no Hostel Acuarela, no coração dessa cidade sensacional.

Chegando lá o visual era de encher os olhos, Acuarela é um hostel que está em um dos Cerros mais lindos da cidade. Uma casa de construção típica e suas paredes murais sensacionais me davam as boas vindas.

Primeiro dia, todos desconhecidos. Quem me recebeu foi um dos donos, Toño, que com uma gentileza incrível me contou um pouco do hostel, do staff, das atividades e logo me mostrou meu quarto, um dormitório compartilhado com outros voluntários e hóspedes, com lockers individuais e um banheiro compartilhado.

Meu voluntariado começaria para valer no dia seguinte.

2. Conhecendo a rotina e as funções

No dia seguinte desci para tomar café da manhã e cada nova descoberta me fazia sentir mais feliz.

Mesmo que você nunca faça um voluntariado no Hostel Acuarela, caso passe por Valparaiso, se hospedar lá certamente será demais. 

O café da manhã é um dos melhores de todos os hostels que já estive em todas as viagens que já fiz.

Uma música ambiente, o pessoal que estava de turno sempre sorridente, alguns hóspedes... que ambiente incrível.

Assim que terminei o café da manhã a pessoa encarregada de me ensinar estava pronta para começar.

Os turnos são extremamente organizados, o que te permite organizar toda sua agenda para conciliar o voluntariado e seus dias de turista. Eles variam de seis a oito horas e podem ser durante o dia, à noite ou na madrugada.

As atividades estão todas planilhadas, divididas por dia e turno, assim vocês sempre saberá o que tem para fazer.

Parece incrível, eu sei, eles são muito agilizados e isso facilita a vida de quem vai fazer o voluntariado demais.

3. Hora de trabalhar

Tudo esclarecido, com as escala em mãos, todas as atividades conhecidas, hora de pôr a mão na massa.

As atividades são muito variadas, vão desde conservar o hostel limpo, fazer o café da manhã, até atividades administrativas como fazer chek-in e check-outs, atender os hóspedes, telefone e e-mail.

Todos os turnos são muito tranquilos, as horas passam voando, sério!

Tão simples quanto respirar: você segue o que está na planilha enquanto tem ótimos momentos com o pessoal do staff e hóspedes.

É um voluntariado que te faz conhecer as atividades do dia a dia de um hostel super movimentado, no coração turístico da cidade, enquanto compartilha experiências pessoais e aprende demais com todos que estão ali.

sala de estar do Acuarela Hostel

4. Nem tudo é trabalho

Cumpriu seu turno, começa a diversão.

Como eu já disse, o hostel está no coração turístico de Valparaíso. Tem tanta vida no hostel e nas ruas que você vai se sentir sequestrado pela cidade.

O pessoal do hostel conhece a cidade como ninguém, sempre vai te dar excelentes dicas do que fazer, do que conhecer e, mais do que isso, vão fazer isso contigo, o que é genial.

Mas Guille, como isso?

Chega a sexta feira, que dia lindo, que maravilha…não é seu turno e você descobre que tem festa no hostel. Sim, toda sexta feira rola a famosa “prévia”, que funciona como um esquenta.

As prévias são sempre muito animadas, várias vezes são temáticas (saudades da prévia de comida brasileira, que moqueca deliciosa), nas quais participam hóspedes, voluntários e várias pessoas que conhecem o evento e chegam para este dia.

Os voluntários que não estão de turno são tratados como hóspedes, aproveitam a prévia e logo depois é sair para a festa, sempre em uma balada diferente e o melhor: na faixa.

Como não amar os brasileiros, né? No staff tem um brasileiro que conhece todas as baladas da cidade e sempre descola entradas gratuitas para os hóspedes e para os voluntários.

No outro dia, descansar ou turno, não importa, sempre vai ter algo mais para conhecer.

Nos primeiros dias ter que descer e subir o Cerro parece que vai te matar. Eu só descobri o elevador depois de uns cinco dias, mas como sou muito gente boa já conto para vocês que em Valparaiso existem elevadores que diminuem o caminho para descer e subir o Cerro, são baratos e te ajudam muito!

Acostumado com a vida de subir e descer o Cerro, você pode optar por qualquer uma das milhões de coisas que tem para fazer na cidade: free tours, tours de murais, museu a céu aberto, praia, bares, restaurantes, pontos turísticos, alimentar os leões marinhos, conhecer Viña del Mar, que está super perto, fazer sandboard nas dunas de Concon, você quem decide!

Tem programação para muito tempo de viagem, eu fiquei um mês, mas poderia passar um ano caminhando por Valparaíso. Cheguei da Argentina gordo de alfajor e sai de Valparaíso apertando os cintos de tanto caminhar.

5. Como é a vida normal de um chileno em Valparaíso

Bom, nem tudo é trabalho, mas nem tudo é festa também. Uma hora é preciso fazer coisa de gente normal, né? Ir ao mercado, pegar transporte público para se locomover, encontrar um farmácia, uma casa de câmbio.

Outra vez: você está numa cidade preparada para receber turistas!

Descendo o cerro você vai encontrar mercado, feiras, farmácias, tendas de hortifrúti, casas de câmbio, paradas de ônibus e uma estação de metrô bem pertinho.

Está tudo pensado para facilitar a vida de quem faz turismo e, por consequência, de quem vive ali.

Depois que você se acostuma com as ruas dos Cerros, que tem uma lógica própria, tudo se torna fácil fácil.

Falando em facilidade, o pessoal do staff sabe tudo: como chegar, onde comprar, como economizar.

Aliás, se quer economizar aqui vai uma dica de ouro: manda a preguiça embora e desce o Cerro. 

O Cerro Alegre, que está o hostel, é um dos mais turísticos, então os preços sempre são mais caros, se você caminha um pouquinho encontra tudo com preços muito mais acessíveis.

6. Como foi no geral

Quase no fim deste relato que deve ter te deixado louc@ de vontade de partir para esta viagem, vou contar para vocês mais algumas coisas que acho importante.

Inglês é exigido para a vaga, mas só se você não fala espanhol.

Se você fala espanhol se prepara para aprender tudo outra vez, não conta para os chilenos, mas lá se fala chilenol, que é um espanhol próprio do Chile, catchai?

Se prepara para conhecer pessoas que vão te fazer falta assim que você sair de lá.

Nesse voluntariado fiz amigos que levarei para vida toda, o espírito de equipe, a energia sensacional, os bons momentos que você vai passar, todas essas experiências serão tão intensas que você vai desejar morar no Chile.

Não estou brincando, tenho amigos que fizeram esse voluntariado e ficaram três vezes mais do que pretendiam quando iniciaram.

Eu parti pro Peru com lágrima nos olhos, cheguei no aeroporto em Santiago para minha saga de voos e ônibus até Arequipa e simplesmente não consegui conter a emoção de ter que dizer até logo para todos que conheci.

Foi um daqueles choros que se misturam com risadas, porque foi uma experiência indescritível.

Se foi mesmo um até logo? Sem dúvida! Assim que puder volto para Valparaíso visitar essa família que construí lá.




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