Viagem para Machu Picchu: valor e dicas para economizar

Já sonhou em conhecer o Vale Sagrado dos Incas? Quer saber quais são os gastos envolvidos em uma viagem para Machu Picchu? O valor de uma viagem dessas pode variar bastante, dependendo das preferências de cada viajante.

Mas, para ajudar no seu planejamento (e na economia, claro!), preparei um guia completo com valores e dicas para conhecer a cidade perdida sem gastar tanto. 

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Viagem para Machu Picchu: valor e como economizar

O valor de uma viagem para Machu Picchu pode variar significativamente devido a vários fatores, como a sua localização atual, a época do ano em que você planeja visitar, a duração da viagem, o tipo de acomodação e as atividades adicionais que deseja realizar.

Além disso, os custos podem ser influenciados pelo modo como pretende chegar lá e outros detalhes que serão abordados abaixo:

Passagem aérea

A dica básica para economizar na compra da sua passagem aérea é comprá-la com pelo menos três meses de antecedência. Se você tiver datas flexíveis, busque sempre pelo dia mais barato do mês.

Não há voos diretos do Brasil para Cusco; todos fazem escala em Lima, no Peru. Portanto, caso você queira explorar a região norte e o litoral peruano antes de visitar Machu Picchu, é interessante comprar as passagens separadamente: uma para o trajeto do Brasil para Lima e outra para o trecho de Lima para Cusco.

No Brasil, a maioria dos voos para o Peru parte do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Se você mora relativamente próximo a esses destinos, pesquise a possibilidade de viajar de ônibus da sua cidade até um desses centros urbanos; pode ser uma alternativa para economizar.

Pela empresa aérea Sky Airline Peru, se você comprar a sua passagem com antecedência, no aeroporto de Guarulhos com destino a Lima, consegue valores a partir de R$1.500 ida e volta.

Melhor época para ir

A estação seca em Machu Picchu vai de abril a outubro, sendo essa a melhor época para visitar a cidade perdida. No entanto, se você deseja economizar, evite os meses de junho a agosto, considerados de alta temporada e, consequentemente, mais caros e movimentados.

Em junho, mais especificamente no dia 24, ocorre uma celebração muito importante em Cusco, conhecida como Inti Raymi ou Festa do Sol. Se você deseja conhecer a cultura peruana e não se importa de ver a cidade bastante agitada, é uma excelente data para estar na região.

Durante a época das chuvas, que vai de novembro a março, há uma grande incidência de chuvas, praticamente todos os dias. Os preços das hospedagens e passagens diminuem consideravelmente nessa estação; no entanto, é praticamente certo que você vai enfrentar chuva quase diariamente.

Como chegar a Machu Picchu: valor do transporte e opções econômicas

O transporte até a cidade perdida é um dos fatores mais importantes para quem deseja economizar na viagem para Machu Picchu; o valor nesse aspecto varia bastante. 

Existem diversas maneiras de chegar, desde as opções mais simples (e demoradas) até as mais sofisticadas (e rápidas). Seguem abaixo todas as alternativas:

Opção 1: Via Hidrelétrica com caminhada e pernoite em Águas Calientes

Essa é a opção mais econômica; no entanto, é necessário caminhar bastante. O trajeto de Cusco até a Hidrelétrica é feito em van e operado por agências de turismo. Elas saem da Plaza San Francisco entre 8h e 9h e custam, em média, 60 soles ida e volta (aproximadamente 80 reais).

São cerca de 6 horas de viagem por uma estrada de terra com muitas curvas e paisagens incríveis. A van geralmente faz uma parada em Ollantaytambo para quem quiser tomar café da manhã ou usar o banheiro e depois segue até a hidrelétrica.

Chegando na hidrelétrica, que é o último ponto que um veículo consegue alcançar, é necessário caminhar até Águas Calientes, conhecida também como Machu Picchu Pueblo. A trilha é relativamente plana e leva em torno de duas a três horas, dependendo do passo de cada um.

Nessa opção de transporte, é necessário pernoitar em Águas Calientes, para no próximo dia subir para Machu Picchu. Há vários tipos de hospedagens no Pueblo, desde hostels, pousadas e hotéis mais sofisticados.

A subida para Machu Picchu pode ser feita a pé, num trecho que leva em torno de uma a duas horas de caminhada, ou de ônibus, que custa aproximadamente 60 reais cada trecho. Geralmente, quem passa a noite em Águas Calientes, acorda de madrugada para ver o nascer do sol já na Cidade Perdida.

O trajeto de volta para Cusco é o mesmo, e você precisa estar na hidrelétrica até às 16 horas da tarde para pegar a van, ou seja, precisa sair de Águas Calientes no máximo às 14 horas.

Opção 2: Pernoite em Ollantaytambo + opção 1

Essa opção não é tão econômica, mas é indicada para quem tem tempo e vontade de conhecer melhor o Vale Sagrado dos Incas. 

Ollantaytambo abriga uma das construções mais imponentes de todo o Vale Sagrado, que é o Sítio Arqueológico do local. Vale muito a pena passar uma noite na cidade antes de subir para Machu Picchu.

A primeira parte da viagem é pegar um ônibus ou uma van de Cusco para Ollantaytambo, que custa em média de 10 a 15 soles (aproximadamente 20 reais) e leva em torno de duas horas para chegar.

Reserve uma acomodação no vilarejo e, em seguida, saia para conhecer essa pequena cidade que combina arquitetura inca, espanhola e moderna, e que com certeza vai deixar você sem palavras.

Após pernoitar em Ollantaytambo, pegue a van até a hidrelétrica e caminhe até Águas Calientes, para subir para Machu Picchu no dia seguinte.

Opção 3: Trem direto de Cusco a Águas Calientes

Se você está buscando maneiras de economizar na sua viagem para Machu Picchu, o valor dessa opção não será tão atrativo. A viagem de trem de Cusco a Águas Calientes, na classe econômica, custa em média 600 reais ida e volta. 

A vantagem do trem direto é que você não precisa pernoitar em Águas Calientes; você pode ir para Machu Picchu e voltar para Cusco no mesmo dia. 

Mas lembre-se de que, ao chegar em Águas Calientes, você tem que escolher entre subir para a Cidade Perdida a pé ou de ônibus.

Trilha para Machu Picchu

Caso você seja um viajante aventureiro, saiba que é possível chegar a Machu Picchu através de duas trilhas: a Trilha Inca e a Trilha Salkantay.

Opção 4: Trilha Inca

A Trilha Inca é uma das mais famosas da América do Sul, e o caminho percorrido é o mesmo feito pelos povos antigos que desbravaram a região. 

Devido à sua grande relevância histórica e às belezas naturais encontradas no caminho, é uma trilha bastante concorrida. Por isso, é necessário reservá-la com antecedência.

A trilha inicia ao lado do Rio Urubamba, passando pela montanha Warmihuañuska, por sítios arqueológicos como Runkurakay, pelo complexo de Sayacmarca e por Phuyupatamarca, até chegar na Cidade Perdida.

São mais de 40 quilômetros de caminhada feitos em 4 dias e 3 noites, e custa aproximadamente R$3.000. Geralmente, tudo está incluso nos pacotes, como transporte completo, guia turístico oficial, carregadores, cozinheiros (refeições completas), equipamento de camping, entrada de Machu Picchu e equipamentos de primeiros socorros.

Opção 5: Trilha Salkantay

A Trilha Salkantay tem um custo mais baixo que a Trilha Inca (metade do valor, aproximadamente R$1.500) e também é menos concorrida. Ela tem uma extensão de pouco mais de 70 quilômetros e é percorrida em 5 dias e 4 noites.

A caminhada inicia na cidade de Mollepata, passando pela Laguna Humantay, um dos lugares mais bonitos do Peru, e seguindo para os pés do pico nevado Salkantay. 

Percorre também Chaullay e Santa Teresa, onde é possível aproveitar uma tirolesa ou até mesmo nadar em fontes termais de Cocalmayo como atividades opcionais pagas à parte.

As paisagens das duas trilhas são totalmente diferentes, porém ambas chegam no mesmo destino, Machu Picchu. Chegar à Cidade Perdida depois de uma longa caminhada pelo Vale Sagrado deve ser incrível, não é mesmo?

Ingressos para Machu Picchu: valor e tipos de tickets

Existem vários tipos de ingresso para conhecer Machu Picchu. O básico, conhecido como Machu Picchu Only, custa 60 dólares (aproximadamente 300 reais). Com esse ingresso, você poderá visitar locais incas como o Intihuatana, o Templo das Três Janelas, o Templo do Sol e a Rocha Sagrada.

Se você deseja subir o Huayna Picchu, que é uma caminhada de mais ou menos uma hora por uma escadaria íngreme, o ingresso tem um valor de 78 dólares.

Para quem não quer se esforçar tanto, há outro tipo de ingresso que permite ao viajante ver a montanha Machu Picchu localizada em frente à montanha Huayna Picchu. Esse bilhete também custa 78 dólares.

Você também pode adquirir um ingresso adicional, que dá acesso ao Museu Manuel Chávez Ballón, por 7 dólares.

Alimentação

Uma boa dica para economizar na alimentação em sua viagem a Machu Picchu é ter sempre um lanche e água na mochila. Geralmente, os passeios privados param em lugares para comer que não são econômicos.

Se você for para Machu Picchu via Hidrelétrica, por exemplo, a van vai parar em um local em Ollantaytambo para tomar café e, logo em seguida, em outro lugar para almoçar. 

Contudo, no final do trajeto, onde a van estaciona e você inicia a caminhada para Águas Calientes, há algumas 'tiendas' que vendem comida barata e lanches rápidos.

Caso opte por pernoitar em Águas Calientes ou em Ollantaytambo, basta sair das ruas principais, que você encontra refeições completas por preços super baixos, como 15 soles, o que equivale a cerca de 20 reais.

Em Cusco, se quiser comer realmente barato, vá até o Mercado San Blas ou ao Mercado San Pedro. Lá, encontrará refeições completas por 5 soles! Claro que é uma comida super simples, mas é comida de verdade, como arroz, grãos, saladas e uma proteína.

Hospedagem

Uma forma de economizar na hospedagem em sua viagem para Machu Picchu é escolhendo sempre albergues para pernoitar. Se você não gosta de compartilhar quartos com outras pessoas, saiba que os hostels também têm opções de quartos privados econômicos.

Esteja sempre atento à avaliação da acomodação, às opiniões de outros viajantes e à localização do local de hospedagem. Não adianta pagar barato pela acomodação e ficar longe de tudo, não é mesmo?

Caso você não queira gastar nada com hospedagem, pode optar por fazer voluntariado em Águas Calientes ou em Cusco, no Peru. Contribua com algumas horas de trabalho por dia e receba em troca acomodação e outros benefícios.

Em Águas Calientes, você pode ajudar em um hostel de diversas maneiras, como produzindo conteúdo para as redes sociais, preparando refeições, auxiliando nas tarefas domésticas, na jardinagem ou até mesmo desenvolvendo sistemas para a hospedagem. Você escolhe o que se encaixa melhor com as suas habilidades.

Contribuindo com 30 horas de trabalho por semana, você recebe em troca acomodação em quarto compartilhado, café da manhã e almoço. E no seu tempo livre, aproveita o Vale Sagrado como quiser

Já pensou em passar um tempo no Pueblo de Machu Picchu? Confira aqui mais detalhes sobre essa oportunidade!

E em Cusco, a cidade porta de entrada para conhecer Machu Picchu, existem mais de 20 anfitriões que recebem voluntários. Você pode optar por fazer voluntariado em um hostel, em uma guest house, em uma escola ou em uma ecovila. Confira todas as vagas aqui!

E caso queira conhecer mais destinos no Peru, além de Machu Picchu, saiba que há oportunidades de trabalho voluntário espalhadas por todo o país. Veja mais de 200 vagas de voluntariado no Peru aqui.

A comunidade da Worldpackers é uma plataforma transparente, que conta com mais de 80.000 avaliações feitas por viajantes para anfitriões. Além disso, você pode entrar em contato com outros viajantes para tirar dúvidas antes de confirmar sua experiência de voluntariado.

Ficou com alguma dúvida sobre o valor de uma viagem para Machu Picchu? Viu como é possível economizar, principalmente se você tiver tempo e datas flexíveis?

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