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Worldpackers na Malásia: conhecendo uma cultura totalmente diferente

Tive a oportunidade de fazer voluntariado em Malacca, no hostel Ringo’s Foyer. Vivi ótimos momentos, conheci pessoas incríveis e aprendi mais de perto sobre a cultura malaia. Nesse relato conto um pouco de como foi minha experiência.

Morgana

Set 23, 2020

5min

Voluntária e amigos no hostel

1. Funções

As funções básicas no Ringo's são café da manhã e recepção. A recepção tem três turnos, então fazíamos turnos diferentes a cada dia. O trabalho é muito simples e divertido. Jacqueline, a esposa do proprietário preparava o café da manhã e só tínhamos que servir. Na recepção fazer check in e check out, dar informações sobre o que fazer na cidade e de tempos em tempos dar uma circulada pelo hostel e ver se tudo estava organizado.

Éramos em sete voluntários por um tempo e, nesse caso, quando havia muitos voluntários, fazíamos um turno especial de três horas para ficar no rooftop vendendo bebidas e conversando com os hóspedes e facilitando a integração. Quando o número de voluntários era menor, Howard geralmente ficava por lá.

2. Estrutura

O hostel tem três andares. No primeiro fica a recepção, dois quartos privados, quatro banheiros compartilhados e o único dormitório compartilhado, que consiste em 22 camas em estilo cápsula, você tem total privacidade!

No segundo andar fica a sala, que é uma área comum com TV e vários livros e filmes, dois banheiros compartilhados e os quartos privados, em torno de seis para os hóspedes e mais três para os voluntários.

No rooftop fica a cozinha (apenas o staff e voluntários tem acesso), uma geladeira com bebidas (não exatamente um bar), área para churrasco, jogos e mesas e sofás onde hóspedes e voluntários socializam.


Sala do Ringo's Foyer

3. Relação com staff, hóspedes e anfitriões

O staff do hostel na época em que fui worldpacker era formado pelo casal de anfitriões, Howard e Jacqueline, a faxineira/arrumadeira e, por um curto período, uma menina responsável por preparar o café da manhã.

Fiquei muito impressionada com o quão simples e fácil é fazer esse hostel (com excelentes avaliações online) funcionar perfeitamente, com uma atmosfera divertida e sem problemas. Tudo é limpo, organizado, fácil. Éramos mais ou menos sete voluntários na época e nos divertíamos muito, confiávamos uns no trabalho dos outros e formamos um time maravilhoso.

Os hóspedes eram em sua maioria estudantes europeus ou europeus in between jobs, pois estive lá em agosto, mês em que as universidades europeias estão em férias. Haviam dois hóspedes permanentes, um pouco mais velhos e um pouco mais reservados. Todo mundo com uma vibe incrível.

Uma coisa que amei sobre esse hostel é que sempre que fazíamos o check in fazíamos um tour com os hóspedes pela propriedade, dávamos dicas sobre passeios e sempre que encontrávamos um hóspede ou staff pelo caminho, parávamos e os apresentava, assim, todo mundo já ficava se conhecendo pelo nome e país de origem e isso facilitava muito a integração.

Howard e Jacqueline são incríveis! Até hoje mantemos contato e eu sinto muita saudade deles, se tornaram amigos para a vida. Em todo o tempo que estive lá jamais vi aqueles rostos adoráveis sem esbanjar um sorriso e eles fazem você se sentir em casa e como parte da família. Eles são descendentes de chineses e tem uma filhinha linda, Xuen! Nós, voluntários, competíamos pela atenção daquela fofura!

4. Benefícios

Os voluntários no Ringo’s geralmente ficam em quartos privados (são pequenos e bem básicos, mas você têm privacidade). Caso haja um grande número de voluntários, os recém-chegados são acomodados no dormitório até que algum quarto privado esteja disponível.

Ganhávamos o café da manhã e eventualmente uma cerveja quando trabalhávamos no rooftop. Cada vez que um voluntário partia, Howard nos levava para jantar em restaurantes chineses (chineses de verdade, não os chineses que a gente tem no ocidente), que são verdadeiros banquetes e comíamos muito.

5. Comodidades

O Ringo’s fica há três minutos andando da Jonker Street. Nessa rua todas as sextas, sábados e domingos das 19h às 23h rola o Jonker Night Market, onde você encontra roupas, comida, bebida, todo tipo de cacarecos e até tatuadores tatuando ali na rua mesmo!

Durante o dia (e a noite) abriga também restaurantes, lojas, lojas de conveniência e farmácias. Há três shopping centers em Malacca, os dois mais próximos ficam há 15 minutos andando e há 10 minutos de bicicleta tem um mercado Tesco bem grande.

A estação de ônibus fica meio longe, mas o Grab (similar ao Uber e muito usado na Ásia) é bem baratinho lá e eles oferecem muitos cupons de desconto, devo ter feito umas três corridas de graça!

6. Tempo livre

Malacca é uma cidade onde os turistas passam geralmente duas noites. No hostel, alguns hóspedes faziam reserva para duas noites mas acabam ficando mais tempo por conta das amizades que faziam por lá.

No meu tempo livre eu acompanhava o tour de bike oferecido pelo hostel para ver o pôr do sol na mesquita branca, ia ao mercado de comida às terças-feiras, fotografava as pinturas nas ruas de street art, fiz um boat cruise pelo rio e às vezes simplesmente íamos juntos aos deliciosos restaurantes indianos, bares, templos. Assistia filmes e fazia alguns cursos online. Fui a Cingapura também, durante uma folga maior, já que de Malacca são apenas quatro horas de ônibus até lá.



7. Idioma e cultura

Para voluntariar no Ringo’s Foyer é imprescindível falar inglês. Como a maioria dos hóspedes vêm da Europa, Austrália e Estados Unidos, se você não falar bem o idioma pode ser complicado, especialmente porque vai trabalhar na recepção.

A Malásia é um país formado por diversas nacionalidades e culturas, mas as três predominantes são malaia, indiana e chinesa. Então você vai escutar bastante bahasa, hindi e mandarim, embora haja muitos outros dialetos.

A concentração desses povos muda bastante de cidade para cidade, em Malacca, apesar de encontrar as três nacionalidades, a cultura chinesa é a que tem mais influência.

Você vai encontrar uma variedade enorme de pratos em Malacca, o meu favorito é o Laksa, uma espécie de sopa com macarrão de arroz, pimentas, leite de coco, camarões, bolinhas de peixe, ovos e tofu (há três tipos, então os ingredientes variam).

As pessoas são no geral bastante amigáveis. Como o país é oficialmente muçulmano, bebidas alcoólicas podem ser um pouquinho caras. Apesar de o inglês ser falado por boa parte da população de Kuala Lumpur, em Malacca são poucas as pessoas que conseguem se comunicar nessa língua, então às vezes o jeito é tentar comunicação com mímica!

8. Dicas para se dar bem

Como já mencionei, o trabalho no Ringo’s é muito fácil e divertido. Para se dar bem por lá você precisa ser fluente em inglês, organizado, responsável, muito simpático e de bem com a vida!




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