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Roteiro no Rio de Janeiro: dicas de moradora

Buscando um roteiro para curtir o Rio de Janeiro? Veja essas sugestões dia a dia, incluindo pontos turísticos clássicos e alternativos.

16min

Como boa recifense, sou apaixonada por praias e cultura, e depois de viajar por vários cantos do mundo resolvi fazer base no Rio de Janeiro. Quando me mudei para cá, pensei ia acabar me acostumando aos encantos dessa cidade, mas já se passaram mais de dois anos e ainda me impressiono todos os dias. A cada vez que levo alguma visita para fazer um roteiro pelo Rio de Janeiro, agradeço por poder chamar esse lugar de casa. 

O Rio tem mesmo uma energia única: praias lindas, montanhas que abraçam a cidade, história rica, música vibrante e uma cultura que convida você a aproveitar cada momento, de preferência ao ar livre. E a cidade oferece experiências para todos os gostos. Tanto para quem quer conhecer pontos turísticos icônicos, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, quanto para quem busca vivenciar a essência carioca nos pequenos detalhes, como uma roda de samba ou um boteco.

Você deve saber que o Rio é uma cidade cara, né? Mas a boa notícia é que dá para viver tudo isso de um jeito autêntico e econômico. A plataforma de work exchange Worldpackers conecta você a anfitriões como hostels, projetos sociais e ecológicos para trocar suas habilidades por hospedagem gratuita. É uma oportunidade incrível de economizar, mergulhar na cultura local e conhecer pessoas do mundo inteiro.

Quer ter um gostinho do que a Cidade Maravilhosa tem a oferecer? Preparei um roteiro no Rio de Janeiro para 9 ou mais dias de viagem, combinando pontos turísticos clássicos e experiências locais. No final do artigo, vou também dar mais detalhes sobre como se hospedar de graça por lá.

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Roteiro no Rio de Janeiro dia a dia

Dia 1: Boas-vindas ao Rio de Janeiro

Manhã: Se conseguir encaixar o itinerário desse dia em um domingo, comece o dia na Feira da Glória, uma feira livre que vem crescendo muito nos últimos anos. Além de frutas, verduras etc., você encontrará barracas onde pode tomar café da manhã, com clássicos como tapiocas e pastéis. Vale chegar cedo, porque a feira está “na moda” e tem ficado bem cheia.

Em seguida, alugue uma bicicleta do Bike Itaú e explore o Aterro do Flamengo, parque urbano que é meu cantinho preferido no Rio. Pedale pelas ciclovias, passando por quadras esportivas, pistas de skate e áreas de lazer. Aos domingos e feriados, a pista dos carros fica aberta para pedestres e você também pode pedalar por lá. Durante o trajeto, faça pausas estratégicas para tirar fotos das vistas incríveis do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara.

Continue pedalando (sempre por ciclovias) até a Praia Vermelha, localizada ao lado da Urca. Pequena e tranquila, é um ótimo lugar para relaxar, tomar um banho de mar e apreciar o visual. Nos finais de semana ela fica bem concorrida, já que a faixa de areia é pequena.

Tarde: Depois de curtir a Praia Vermelha, é hora de explorar o famoso Pão de Açúcar. Você pode optar pelo bondinho, uma experiência clássica que oferece vistas deslumbrantes da cidade a partir de dois mirantes: o Morro da Urca e o topo do Pão de Açúcar.

Se preferir economizar e estiver com disposição, suba até o Morro da Urca pela trilha que começa na Pista Cláudio Coutinho, uma charmosa pista de corrida à beira-mar, repleta de vegetação e com vistas lindas. A trilha é segura e curta (cerca de 30 minutos), mas íngreme. Prepare-se para uma boa subida e curta a recompensa.

No topo, você encontrará um mirante com uma vista espetacular da cidade, além de bares e lanchonetes. Como é de se esperar, os produtos são superfaturados lá em cima; a dica é levar um lanche e sentar num dos banquinhos para comer com calma.

Fim de tarde e noite: Termine o dia na Mureta da Urca, que fica a poucos minutos do Pão de Açúcar. Esse cantinho é conhecido pelo clima descontraído e pelas vistas incríveis. O ponto clássico da mureta é em frente ao Bar Urca, mas eu gosto mais da vista da chamada “pobreta”, point alternativo em frente ao Urca Grill, que é um pouco mais barato. Sente-se à beira da mureta, peça uma cerveja gelada e um petisco e admire o pôr do sol. A luz dourada se reflete nas águas, enquanto o Cristo Redentor surge ao fundo em uma paisagem que parece uma pintura.

Dia 2: Cartões postais cariocas

Manhã: Neste dia, vamos conhecer mais alguns “cartões postais” do Rio de Janeiro. Sugiro começar com uma visita ao Cristo Redentor. A dica é ir cedo, especialmente em alta temporada, para evitar multidões. É possível subir de van ou trem, mas esse último é uma experiência mais interessante.

Eu não sou a favor da ideia de “atrações imperdíveis” e, como esse é um passeio caro e costuma ficar bem cheio lá em cima, acho dispensável. Mas super entendo que para muita gente é emocionante estar aos pés dessa escultura gigante e tão icônica. Importante: confira o clima antes de sair, porque se houver muitas nuvens você pode não conseguir ver quase nada lá de cima.

Se não fizer questão de ir ao Cristo, outra sugestão é ir tomar café da manhã no Café 18 do Forte, uma das duas cafeterias que ficam no Forte de Copacabana. A vista é linda e o menu de café da manhã para dois serve três pessoas. Também tem uma unidade da famosa Cafeteria Colombo lá, mas acho o menu mais fraco. Se quiser economizar, leve um lanche e faça um piquenique em um dos bancos enquanto curte o visual. Depois faça a digestão dando uma caminhada pelo forte e apreciando a vista da praia de Copacabana. Importante: é cobrada entrada para o Forte e eles só aceitam dinheiro.

Tarde: Agora é hora de explorar as duas praias mais icônicas do Rio. Comece por Copacabana, caminhando pela famosa orla com o calçadão de pedras portuguesas em forma de ondas. Se estiver com disposição, alugue uma bike e pedale pela ciclovia. Aproveite para dar uma pausa em um dos quiosques, tomar uma água de coco gelada e curtir o clima.

Na ponta oposta da praia, trecho conhecido como Leme, você pode subir no Forte Duque de Caxias (Forte do Leme) para ver o visual do ângulo oposto. Se bater a fome, sugiro almoçar no Restaurante Cervantes, no Galeto Sat’s, no árabe Amir, na Adega Pérola ou no Pavão Azul.

Em seguida, siga para Ipanema, cujo calçadão também tem um padrão geométrico conhecido mundialmente. Passe pela Pedra do Arpoador, um ótimo ponto para tirar fotos com vista para os Dois Irmãos. Se for domingo, dê um pulo na Feira Hippie, na Praça General Osório, para garimpar lembrancinhas e peças artesanais. Se ainda der tempo, estenda a canga na areia ou alugue uma cadeira e guarda-sol e curta a praia.

Fim de tarde e Noite: Quando o sol começar a descer, volte para o Arpoador, um dos melhores lugares da cidade para assistir ao pôr do sol. Leve uma canga e procure um lugarzinho nas pedras. Um pessoal passa vendendo caipirinhas e os turistas costumam aplaudir quando o sol desaparece no horizonte. É realmente um espetáculo! Durante o inverno, o sol se põe atrás das montanhas e não no mar, mas também é lindo.

De lá, você pode seguir para o Bip Bip, um pequeno bar em Copacabana que é uma verdadeira instituição do samba carioca. O local é simples e aconchegante, com rodas de samba ou choro ocupando a maior parte do espaço enquanto os frequentadores assistem em silêncio, respeitando a música – como costumava pedir o falecido dono do bar, o ícone Alfredinho.

Dia 3: Museus e Santa Teresa

Manhã: Comece o dia no Museu do Amanhã, um museu imersivo que une ciência, arte e tecnologia para explorar questões sobre o futuro do planeta e a preservação do meio ambiente. O edifício, projetado por Santiago Calatrava, já é uma atração por si só, com uma arquitetura moderna e futurista (foto abaixo). A entrada é gratuita às terças-feiras, e nesse dia o local costuma ficar bem cheio.

Do outro lado da Praça Mauá fica o excelente Museu de Arte do Rio (MAR), que abriga exposições focadas na cultura carioca e na história do Brasil. O contraste entre o prédio histórico e sua cobertura moderna é muito legal, e o terraço dá direito a uma bela vista do Porto Maravilha. Se der fome você pode almoçar ali perto, no simpático Café Tero.

Tarde: Pegue o bondinho no Largo da Carioca e suba até Santa Teresa, um dos bairros mais charmosos do Rio. O trajeto por si só já é uma atração, passando pelos Arcos da Lapa e percorrendo ruas estreitas repletas de casarios históricos. Sugiro ir até o fim do percurso no bondinho e voltar com ele (com o mesmo ingresso) até o Largo dos Guimarães. Desça e passeie sem pressa. 

Visite ateliês de artistas locais, explore as lojinhas e faça uma pausa em um dos cafés com vista para a cidade, como o que fica no Parque das Ruínas. Também vale a pena provar o pão de queijo do Cultivar Café. Se quiser voltar lá outro dia, recomendo o café da manhã nordestino do Café do Alto.

Depois desça pela Escadaria Selarón, que conecta Santa Teresa à Lapa e é coberta por mosaicos coloridos criados pelo artista chileno Jorge Selarón. Se for sábado e ainda der tempo, caminhe até a Rua do Lavradio, onde acontece uma feirinha com roupas, acessórios, artesanato etc. Além das barracas, a rua tem bares com mesas na calçada e música ao vivo.

Noite: Quando o sol se põe, a Lapa ganha vida. Aproveite a noite em um dos bares tradicionais da região, como o Bar da Cachaça ou o Ximeninho. Confira também os shows que vão rolar nas famosas casas de shows da Lapa, a Fundição Progresso e o Circo Voador. Se calhar de estar lá no primeiro sábado do mês, não perca o Baile Charme da Rua do Rezende, que reúne um público animado ao som de black music, soul e funk.

Dia 4: Explorando o Centro do Rio de Janeiro

Manhã: Eu amo o Centro do Rio. Acho muito bonito e é uma ótima forma de misturar turismo com um gostinho da “vida real” na cidade. Você pode começar o roteiro com um café na famosa Confeitaria Colombo. Fundada em 1894, é um verdadeiro tesouro da Belle Époque carioca. Outra opção é comer na Casa Cavé, que não é tão suntuosa quanto a Colombo, mas é também muito bonita, ainda mais antiga, menos cheia e mais acessível. Depois, siga para o Real Gabinete Português de Leitura, considerado uma das bibliotecas mais bonitas do mundo (foto abaixo).

Vale a pena participar de um tour guiado para aprender mais sobre a história do Centro do Rio. E falando nisso, outra ótima opção é fazer um passeio guiado pelo Roteiro Pequena África, um passeio histórico-cultural que percorre locais importantes da herança afro-brasileira na região, como o Cais do Valongo e a Pedra do Sal.

Tarde: visite o Mosteiro de São Bento, um oásis de tranquilidade em meio ao agito do Centro. Fundado em 1590, o mosteiro tem arquitetura barroca e interior decorado com muito ouro. Depois, vá ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que abriga exposições de arte, cinema e cafeterias, incluindo uma unidade da Colombo. Dê uma olhada na programação no site; as exposições têm entrada gratuita. Ali por perto você encontra alguns bons restaurantes.

Se estiver por ali num sábado, recomendo passar na Feirinha da Praça XV, a maior feira de antiguidades da América Latina, que fica ali pertinho. Entre os itens expostos, você encontrará móveis, discos de vinil, louças antigas e roupas de segunda mão. A feira funciona até umas 15h. Se possível, não faça esse roteiro no domingo, porque o centro fica mais vazio.

Noite: Para encerrar o dia você pode seguir para a Pedra do Sal, conhecida como o berço do samba carioca. Este lugar histórico é palco de várias rodas de samba ao ar livre. O dia mais famoso é a segunda-feira, mas costuma ficar superlotado, então prefiro ir lá aos sábados. Se quiser um sambinha numa segunda-feira, recomendo ir no Samba do Trabalhador, no Clube Renascença, na Zona Norte. Esse quilombo urbano é um espaço cultural importante e todo mundo que já levei lá adorou.

Dia 5: Aventura e descanso

Manhã: Uma das melhores características do Rio de Janeiro é a integração entre cidade e natureza, e existem várias trilhas legais para se fazer por lá. Algumas delas dão direito a vistas deslumbrantes, e outras levam a pequenas cachoeiras.

A trilha da Pedra Bonita, localizada no Parque Nacional da Tijuca, é uma das mais acessíveis e recompensadoras. Com menos de 1,5 km de extensão, é uma caminhada de nível fácil a moderado, que pode ser concluída em cerca de 30 a 40 minutos. No topo, você será recompensado com uma vista panorâmica lindona (foto abaixo). Vá cedo para evitar o calor e as multidões, principalmente em finais de semana, feriados e alta temporada. Leve água, protetor solar e um lanche leve.

Tarde: Depois da trilha, aproveite que está pela Zona Oeste e siga para a Praia de São Conrado, aos pés da Pedra Bonita. A praia é mais tranquila e menos turística que as da Zona Sul. É também o ponto de aterrissagem para quem pratica voo livre lá na Pedra, então você vai ver várias pessoas pousando de asa-delta e parapente. Se quiser aventura, pode agendar um voo. Eu nunca fiz, mas deve ser uma experiência linda.

Noite: Esse dia de trilha e praia vai ser um pouco cansativo, então a noite pede descanso. Escolha um restaurante perto da sua hospedagem ou peça delivery.

Dia 6: Natureza em versão “light”

Manhã: Também dá para curtir a natureza no meio da cidade sem precisar sair da Zona Sul, nem fazer trilhas. Neste dia do roteiro no Rio de Janeiro você pode começar por um dos lugares mais bonitos da cidade: o Jardim Botânico. Fundado em 1808, ele reúne plantas de várias partes do mundo, além das icônicas palmeiras-imperiais que você já deve ter visto em fotos. Recomendo visitar o orquidário e o bromeliário.

De lá, siga para o vizinho Parque Lage, espaço charmoso que combina natureza e arte. O lugar é famoso pelo palacete com uma piscina decorativa e vista para o Cristo, onde funciona a Escola de Artes Visuais. Se ligue: é preciso reservar entrada (gratuita) online para esta parte. E não deixe de passear também pelo jardim, que é uma lindeza. Recomendo passar repelente, principalmente se for no fim da tarde.

Você também pode inverter a ordem dos passeios e começar pelo Parque Lage para aproveitar e tomar café da manhã ou brunch no restaurante que fica no pátio interno da mansão. Caso queira almoçar pelos arredores, uma dica é ir no restaurante indiano Taj Mahal.

Tarde: Siga para a Lagoa Rodrigo de Freitas, ali pertinho. Você pode caminhar, alugar uma bike para dar a volta na lagoa, parar num cantinho só para admirar a vibe, ou alugar um pedalinho em formato de cisne e navegar pelas águas da Lagoa. Se estiver viajando com crianças (ou apenas quiser explorar algo diferente), visite o Parque das Catacumbas, que fica junto a ela. O espaço inclui trilhas curtas (foto abaixo) e um parque de aventuras infantil.

Noite: Finalize esse dia de roteiro no Rio de Janeiro assistindo a uma peça em um dos teatros do Rio. O Theatro Municipal, no Centro, é uma boa opção se você quiser conhecer por dentro um dos edifícios mais deslumbrantes da cidade. No entanto, existem muitos teatros em vários bairros do Rio de Janeiro para todos os gostos, desde produções independentes a espetáculos com atores globais. Dê uma pesquisada com antecedência, porque as produções mais badaladas podem ter ingressos esgotados rapidamente.

Dia 7: Niterói

Manhã: Neste dia do roteiro no Rio de Janeiro minha sugestão é ir conhecer a cidade vizinha. Vá até a Praça XV, no Centro do Rio, e pegue a barca para atravessar a Baía de Guanabara até Niterói. O trajeto é rápido (cerca de 20 minutos) e já vale como um passeio. Ao chegar, siga para o MAC (Museu de Arte Contemporânea), projetado por Oscar Niemeyer. O edifício em formato futurista é uma obra de arte em si e oferece exposições rotativas, além de uma vista bonita para o Rio.

Depois, você pode seguir até a Praia de Itacoatiara, uma das mais bonitas de Niterói. São quase 20km até lá, mas vale a pena se você quiser curtir uma praia mais tranquila; ela já foi eleita uma das mais bonitas do Brasil. Cercada por montanhas e vegetação, Itacoatiara é boa para relaxar e para surfar, se as condições permitirem.

Tarde: Explore o Parque da Cidade, um dos melhores mirantes de Niterói. Sugiro ir de carro (próprio/alugado ou de aplicativo), porque é uma baita subida. No topo, você encontra uma vista deslumbrante da Baía de Guanabara, incluindo o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, as praias de Niterói e até parte do Oceano Atlântico.

O local também é um ponto de decolagem para voos de parapente. Se quiser uma dose extra de emoção, aproveite para voar e admirar a paisagem de um ângulo ainda mais incrível. Se preferir algo mais tranquilo, leve uma garrafa de água, sente-se e aproveite o pôr do sol. Da última vez em que estive lá, subi de Uber e desci andando com amigos.

Noite: De volta ao Rio, se ainda tiver disposição e quiser uma programação noturna, você pode procurar um dos tantos sambas da cidade ou curtir uma noite de forró. A cidade tem diversas opções de casas e eventos que oferecem música ao vivo e uma atmosfera divertida. Se quiser algo mais tradicional, o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, conhecido como Feira de São Cristóvão, é uma boa pedida. Além do forró, o local tem comidas típicas e artesanato.

Dia 8: Zona Oeste

Manhã: Vamos mais uma vez até a Zona Oeste do Rio de Janeiro? Minha dica é começar o dia com um passeio na Ilha da Gigoia, pequeno paraíso escondido em plena Barra da Tijuca. Acessada apenas por barco, a ilha tem um clima bucólico, em contraste com a agitação do restante da cidade. 

É fácil chegar lá: vá de metrô até a estação Jardim Oceânico e pergunte pelo ponto de saída dos barcos que levam à Gigoia. Em poucos minutos você estará cercado por natureza e casinhas charmosas. Explore a ilha se perdendo pelas ruelas e almoce por lá. O mais comum é comer frutos do mar em um dos restaurantes à beira do canal. Em finais de semana de sol, os mais famosos ficam concorridos, então vale chegar cedo.

Tarde: Depois do almoço, aproveite para conhecer algumas das praias da Zona Oeste. O mais prático é ir até a Praia da Barra da Tijuca, a mais extensa do Rio. A Praia do Pepê, famosa por sua vibe jovem e descontraída, é uma “seção” badalada da Praia da Barra. Se preferir um clima mais tranquilo e menos urbano, siga para a Prainha ou Grumari, que são mais preservadas. Elas ficam bem mais afastadas, então é bom ir de carro.

Noite: Provavelmente você estará cansado à noite, principalmente se for até as praias mais distantes e depois voltar à Zona Sul ou ao Centro do Rio. Por isso, sugiro jantar perto da hospedagem e descansar. Se quiser comer na Zona Oeste, não conheço bem a área para indicar bons restaurantes, mas sei que tem lá uma unidade do Restaurante Cervantes, que costumo frequentar em Copacabana. O tradicional sanduíche de pernil com queijo e abacaxi é uma delícia.

Dia 9: Paquetá

Manhã e tarde: Chegou o último dia do nosso roteiro no Rio de Janeiro. Se quiser se despedir de forma tranquila, sugiro curtir o charme da Ilha de Paquetá. Essa pequena ilha na Baía de Guanabara é um refúgio de tranquilidade, longe da agitação da cidade. Lá não existem carros e parece que você voltou no tempo.

Comece pegando mais uma vez uma barca na Praça XV, no Centro do Rio, para um passeio de cerca de uma hora pelas águas da Baía. Ao chegar na ilha, você será recebido por ruas tranquilas, cercadas por casas históricas.

Recomendo alugar uma bicicleta para explorar os cantinhos mais charmosos de Paquetá. Ao descer da barca e caminhar pela rua principal você vai ver as lojas de aluguel de bikes e quadriciclos, e também carrinhos de golfe com motoristas que oferecem um tour guiado, se você preferir. 

Passe pelo lindo Parque Darke de Mattos e visite a Pedra da Moreninha, aproveitando para admirar a vista. Também vale conferir o Cemitério de Passarinhos e o baobá Maria Gorda.

Na hora do almoço, escolha um restaurante à beira-mar, como o Lido, na praia José Bonifácio. Estive lá na minha última visita à ilha e achei um bom custo-benefício. A brisa do mar e o clima tranquilo são a cereja do bolo. Se preferir, leve comidinhas para um piquenique e encontre um lugar sossegado na ilha para relaxar.

Noite: De volta ao Rio, feche a viagem com chave de ouro ao som de um bom samba ou choro. Todos os dias você encontra opções em diferentes bairros; pergunte na sua hospedagem ou procure perfis no Instagram que divulgam a programação cultural.

Hospedagem gratuita no Rio de Janeiro 

Como falei lá no início, a Worldpackers é uma plataforma que conecta viajantes interessados em viver experiências autênticas com anfitriões que precisam de ajuda.

 A ideia é que os voluntários troquem trabalho por acomodação e outros benefícios, “brincando de moradores” nos destinos enquanto contribuem com projetos sociais ou pequenas empresas. É uma oportunidade perfeita para quem quer viajar com um orçamento reduzido, conhecer novas culturas de forma imersiva e fazer amizades.

O funcionamento é simples: você se inscreve no site, preenche seu perfil detalhado e procura por oportunidades que se encaixem nos seus interesses e habilidades. Os anfitriões criam perfis descrevendo as necessidades deles, que são bem diversas.

 Alguns exemplos são ajudar na recepção em hostels, organizar eventos em ONGs, ensinar idiomas ou trabalhar em projetos ecológicos. Ao encontrar uma vaga que você goste, você pode mandar mensagem para tirar dúvidas ou se candidatar e aguardar a resposta do anfitrião.

Leia também: Onde ficar no Rio de Janeiro e como se hospedar de graça

Voluntariado e experiências locais no Rio de Janeiro

Existem dezenas de oportunidades de voluntariado no Rio de Janeiro disponíveis na Worldpackers. Veja algumas opções:

Essa Cidade (realmente) Maravilhosa onde escolhi morar vai muito além dos pontos turísticos tradicionais como o Cristo Redentor, Copacabana e o Pão de Açúcar. Em cerca de 10 dias de viagem dá para fazer muita coisa, mas esse roteiro no Rio de Janeiro não é nada exaustivo. Com mais tempo você pode conhecer vários outros atrativos, feirinhas de rua, festas e mergulhar de verdade na cultura.

Com a Worldpackers você pode viver o dia a dia carioca, fazer amigos locais e se conectar de forma mais profunda com a cidade. Crie seu perfil gratuitamente e comece a salvar suas vagas favoritas!