Como muitas cidades do Leste Europeu, Budapeste, na Hungria, não pode faltar na lista de cidades de um mochilão na Europa com preço acessível.
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A Hungria é um país pouco conhecido pelos brasileiros. Muitas pessoas que fazem uma viagem para a Europa priorizam países como Portugal, França e Itália. Porém, sempre vale a pena tentar novos destinos, principalmente quando eles são econômicos. Budapeste está entre as cidades mais baratas para visitar na Europa.
Assim como Viena, Zagreb, Bratislava, Praga, Varsóvia (Warsaw), Cracóvia (Krakow), Kiev, São Petersburgo e mais uma dezena de cidades no Centro e Leste da Europa, Budapeste faz parte de num circuito de lugares incríveis para quem quer curtir um mochilão com preço acessível, cheio de cultura, museus, comidas típicas e hostels de qualidade.
Alguns turistas brasileiros costumam enxergar esses países como uma parte menos glamourosa do velho continente. Porém, nos últimos anos os mochileiros têm dado mais atenção e se voltado para os melhores destinos do Leste Europeu. Preparei algumas dicas para te ajudar a pegar essa viagem dos sonhos e trazer para o papel, bora?
É normal se assustar um pouco no começo quando estiver planejando sua viagem para Budapeste. O idioma e até as letras são bem diferentes do que vemos e ouvimos no nosso dia-a-dia, mas é aí que está a graça, afinal, você vai conhecer algo totalmente novo. Viajamos para isso mesmo, não é?
Por exemplo, o idioma falado em Budapeste é o húngaro, que faz parte da família das línguas urálicas, uma família com aproximadamente 30 idiomas que são falados por apenas 20 milhões de pessoas no mundo todo. Apenas? Pois é, esse número parece grande, mas se a gente pensar bem, é um pouco menos que a população de uma única cidade na Índia, como Deli.
Fazer um work exchange em Budapeste e aprender húngaro pode ser um jeito de ajudar a preservar esse idioma relativamente raro e ainda ganhar dinheiro como nômade digital, traduzindo do húngaro, por exemplo!
Além do mais, sair do turismo tradicional e conhecer lugares menos badalados te proporciona experiências únicas. É legal sempre lembrar que tudo que você consome em uma viagem - ou até mesmo antes da viagem começar - pode ajudar ou prejudicar as pessoas de um país que você visita. Por isso, é muito importante que a gente escolha boas experiências para conhecer a cultura local, fugindo do turismo exploratório e procurando oportunidades para contribuir da melhor forma possível para a comunidade.
Voltando ao nosso planejamento: se você acompanha os conteúdos da Worldpackers, já temos um post completo com dicas do que fazer em Budapeste. Nele eu fiz um roteiro com o que fazer em Budapeste, passeios para quem fica em Budapeste dois, três dias ou mais e também algumas comidas típicas da Hungria e do Leste Europeu. Por aqui, vamos começar falando de documentos e depois partimos para coisas mais divertidas!
Antes mesmo de começar a pensar em roteiros, lembre-se da papelada! Os documentos necessários para viajar para a Europa - e consequentemente Budapeste - são:
Burocracias à parte, resolvemos complementar nossas dicas de Budapeste para ajudar mais gente a trocar trabalho por hospedagem pelo mundo e conhecer lugares diferentes. Acompanhe esse guia completo sobre Budapeste para saber mais sobre:
No post de dicas de viagem para Budapeste, falei sobre o que fazer em Budapeste no inverno, pois essa época é toda especial na cidade. Listamos as atrações turísticas mais conhecidas e que não podem faltar no itinerário básico da capital da Hungria.
Por outro lado, verão é alta temporada na Europa. É a melhor época para ir se você gosta de sol e muito calor. No verão de Budapeste você vai encontrar festivais, atividades ao ar livre, muita cerveja artesanal e temperaturas que passam dos 30 °C! As passagens aéreas costumam ficar mais caras nessa época, principalmente entre julho e agosto.
Se você prefere o frio, essa época - entre dezembro e fevereiro - costuma ser bastante desafiadora para os visitantes brasileiros. Por exemplo, é praticamente uma certeza que você vai pegar neve, ou pelo menos temperaturas negativas e gelo em cima dos lagos e rios. Por outro lado, é uma época muito charmosa para fotos e para aproveitar as comidas típicas.
Viajar para Budapeste no inverno também é mais econômico, pois os hotéis e hostels têm menos procura e é mais fácil conseguir descontos. Se vier no final do ano, ainda dá pra aproveitar os típicos mercados de Natal.
Durante a primavera e o outono, você escapa dos extremos de frio e de preços, evita cidade lotada e consegue fazer passeios com mais calma. No fim das contas, todas as épocas têm suas vantagens. As dicas deste guia completo de Budapeste servem para todas as épocas do ano. Partiu?
Budapeste é a capital da Hungria, que é um bom país que faz fronteira com a Eslováquia, Romênia, Sérvia, Croácia, Eslovênia, Áustria e Ucrânia. É fácil se locomover de ônibus por lá, usando empresas como a Flix Bus ou a Volanbusz.
A Hungria é membro da União Europeia e do Espaço Schengen. que é a área formada pelos países que fazem parte do Tratado de Schengen, onde brasileiros podem ficar até 90 dias com visto de turista na Europa.
Com esse visto é possível visitar a Hungria e mais 25 países que assinaram o tratado. Porém, nem todos os países do Leste Europeu fazem parte do Tratado, é bom verificar a lista antes de viajar.
Se você já estiver fazendo mochilão na Europa e quiser incluir Budapeste no seu itinerário, compensa dar uma olhada em sites de companhias aéreas low-cost na Europa, pois uma passagem de avião pode sair o mesmo preço de um ônibus, ou até menos em promoções.
Você também pode usar BlaBlaCar para caronas, caso queira economizar e conhecer pessoas novas. Lembre-se sempre de selecionar os perfis com cuidado e nunca viajar com pessoas que têm perfil sem foto, nenhuma referência ou falta de informações no aplicativo em geral. Sempre procure perfis com o máximo de informação possível. Segurança em primeiro lugar.
Outra alternativa é fazer mochilão de trem pela Europa e dar uma passada em Budapeste. Com uma passagem do tipo Interrail ou Eurail, você tem diversas modalidades e preços. Vai compensar muito mais se você dormir no trem, pois economiza tempo e dinheiro.
Falando em trem, o transporte público em Budapeste tem forte presença dos trilhos. Os principais meios são o metrô (inclusive uma das linhas mais antigas do mundo), ônibus e trams (bonde ou VLT).
Pode ser que você tenha a sensação de que não precisa pagar, afinal, não tem cobrador, mas não se engane! A multa é alta para quem não valida o bilhete, se atente nisso e sempre valide nas plataformas.
Se você usar muito transporte público nas suas viagens, vale dar uma olhada nos passes com viagens ilimitadas, que são vendidos nas estações e terminais (tem instruções em inglês).
Quem já pesquisou sobre Budapeste pelo menos uma vez já deve ter ouvido a história sobre o nome da cidade. É legal lembrar que a cidade surgiu da unificação de duas outras cidades: Buda - a parte íngreme e montanhosa onde viviam os nobres, ocupada a séculos, onde é possível visitar casarões, castelos e construções medievais - e Pest, o trecho plano do outro lado do Rio Danúbio, formado mais recentemente.
A maioria da população da cidade vive, estuda, trabalha e se diverte em Pest. Também é desse lado que ficam os principais hostels em Budapeste e outros serviços para turistas.
Falando em hostel, existem diversas maneiras de economizar na sua viagem para Budapeste. Trocar trabalho por hospedagem é uma delas! Além disso, você pode ganhar dinheiro viajando trabalho como nômade digital, guia em português (ou outros idiomas que você fale) ou fotógrafo de viagem. Você pode usar sua criatividade para ir mais longe :)
Dá uma olhada nessa lista de hostels em Budapeste e se inspire:
Na Hungria, a moeda é o florim húngaro ou forint. Os custos de viagem para Budapeste são bem mais baixos do que no resto da Europa porque a moeda não é das mais valorizadas do mundo. Só para você ter uma ideia, € 1 (um euro) vale Ft 323 (forints) e R$ 1 vale pouco mais que Ft 73.
Você vai encontrar casas de câmbio no aeroporto e também no centro, mas pesquise sobre os valores em cada local, pois a cotação varia muito, assim como a comissão. Alguns locais cobram taxa proporcional, enquanto outros trabalham com descontos conforme a quantia que você quiser trocar.
Para economizar no câmbio em Budapeste leve euros e troque por forints nas casas de câmbio do centro. Se estiver com pressa e quiser praticidade, você pode ativar as funções internacionais do seu banco e fazer saques internacionais, reservando o que for possível previamente pelo cartão de crédito.
Se você se interessa por agro e permacultura, conheça os anfitriões eco da Worldpackers na Europa.
De forma geral, Budapeste é um destino relativamente seguro e barato, te dando a chance de experimentar muita coisa com pouca grana. Ainda mais se fizer troca de trabalho por hospedagem.
Uma dica fundamental para curtir Budapeste e toda a Hungria é se deixar levar! A cidade tem um transporte público eficiente, tem bares e restaurantes onde os locais já estão acostumados com turistas e é possível se virar bem falando inglês. O nível de segurança é razoável para nós, brasileiros, que estamos acostumados a tomar cuidado e ficar esperto.
Uma caminhada pela cidade sem planos pode te trazer ótimas experiências. Às vezes a melhor parte da nossa viagem acontece quando não estamos seguindo um itinerário.
Tem alguma pergunta? Me mande uma mensagem por aqui, ou deixe um comentário! Ah, e se quiser continuar a viagem pelo Leste Europeu, veja também nossas dicas de o que fazer em Praga, na República Tcheca.
Köszi! Obrigada!