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Algumas semanas como voluntário na ilha paradisíaca de Hvar, Croácia

Meu relato de como foi voluntariar em uma ilha de lindas praias na Croácia e como usei o voluntariado para descansar de um mochilão!

5min

Como foi meu voluntariado na Croácia

Primeiro dia no hostel que eu escolhi e fui escolhido, na ilha paradisíaca de Hvar, Croácia. Um cenário de sonho, daqueles com água verde clarinha e no fundo um pouco mais azul.

Mesmo assim eu estava tenso para começar a trabalhar em algo que nunca trabalhei na vida, fora do meu país e com uma certa responsabilidade que o cargo de recepcionista exige. Em um hostel, eu considero que essa posição é uma das mais importantes para uma boa experiência do hóspede: o primeiro contato sempre tem que gerar a melhor impressão possível!

Logo ao chegar conheci as duas outras voluntárias que trabalhavam no hostel, uma da África do Sul e a outra da Inglaterra, que já me receberam super bem e apresentando toda sua estrutura e um pouco da cidade no mapa. Basicamente o que eu faria nas próximas semanas.

O dono do hostel, um senhor de 70 anos, veio super sorridente e receptivo comigo. Desde o primeiro momento até o final dessa experiência o proprietário estava presente e super solícito para me auxiliar em qualquer problema ou simplesmente para mostrar mais da cultura croata. Depois de tudo isso eu já estava bem mais tranquilo para trabalhar.

Além dos três, tinha outra croata que arrumava os quartos e uma sérvia que fazia as refeições. Todos eles cuidavam de um hostel com quatro quartos compartilhados (seis camas cada) e outros dez quartos privados.

Depois de sete meses viajando, eu nunca comi tão bem quanto eu comi nesse hostel. A sérvia cozinhava super bem, cada dia variando os pratos. A melhor parte é que toda a comida tava inclusa! Eles diziam que tudo que estava na geladeira poderia ser consumido pelos voluntários. Fora toda a comida, a cerveja e o vinho também estavam liberados, para minha completa alegria.

Eu acabei aprendendo algumas palavras em sérvio porque a cozinheira não falava inglês! Foi aí que eu descobri que o não existem fronteiras para a comunicação. Por meio de gestos, mímica e boa vontade, todos se comunicavam. Ah, claro que teve ajuda do google tradutor também. De qualquer forma, o importante aqui é ressaltar que não tem barreiras. É só querer!

Outra função do voluntariado nesse hostel era ser o guia das festas. Basicamente eu teria que me divertir com os outros hóspedes até as 23h e depois levar todos pra conhecer o centro dos bares onde todos ganhavam um shot, inclusive eu. Nos bares eu também bebia de graça se tivesse levado um certo número de pessoas para tomar o shot.

Parece até surreal um voluntariado fornecer tudo isso, mas essa oportunidade oferecia tudo isso!

O hostel era super bem localizado. Ficava a dez minutos da região dos bares e tinha supermercados e farmácias mais perto ainda.

A ilha de Hvar não é tão pequena, mas a parte do centro dava pra fazer toda andando. Inclusive, as praias ficavam a cinco minutos do hostel. Depois de ficar tanto tempo sem rotina, criei uma pequena rotina de exercício e praia durante esse tempo. Saí todos os dias pra correr no final da tarde e ver o pôr do sol, um dos melhores que eu já vi na vida.


O mar de água cristalina da Croácia

Tanto na posição de recepcionista quanto na de guia de festas o trabalho não é difícil. A principal característica em comum é sorrir. Ser bem tratado e receber atenção é o que todos nós queremos enquanto hóspedes e quando se faz isso de verdade, as pessoas sentem.

Eu sempre ofereço ajuda para tarefas, mesmo que não seja a minha função. Dessa forma você ganha a confiança do seu chefe ou colega e ainda aprende uma nova função. Estamos aqui para aprender e compartilhar sempre que possível o que se pode aprender. Assim que a gente cresce e ajuda o outro a crescer.

Esse destino paradisíaco estava no meu roteiro apenas por dois dias por ser mais caro que as outras cidades da Croácia. A partir do momento que fechei o trabalho voluntário, que cobriria a maioria das minhas despesas com o que foi oferecido, fiquei mais tranquilo em ficar mais três semanas. O meu principal custo foram os ferrys de ida/volta com custo de R$ 125 cada e algumas cervejinhas a mais em bares que não tinha parceria com o meu hostel.

Eu escolhi a oportunidade na Worldpackers em um momento bem diferente da minha viagem, que eu não estava planejando. Sabe aquele sentimento de exaustão pós-viagem? Eu viajo há mais de um ano e, mesmo fazendo um viagem no estilo "slow travel", me senti um pouco cansado após algumas semanas intensas na Europa. Não apenas fisicamente por visitar todos os lugares possíveis de uma cidade, mas também mentalmente por receber tantas informações a todo momento, todo dia. Essa não é uma reclamação e sim uma constatação do que eu estava sentindo no momento.

Em um desses momentos de exaustão, pulando de hostel em hostel, resolvi ir em busca de um lugar pra ficar mais tempo, descansar e me conectar mais com as pessoas. Estava na cidade de Split, o porto mais movimentado da Croácia com saída de ferrys para várias ilhas. Essa era a minha chance! Fui direto no site da Worldpackers e achei a melhor oportunidade, perfeita para o meu momento.

No site, o hostel parecia tranquilo, mas também tinha seus momentos de festa. Ou seja, recomendaria a oportunidade a todos os mochileiros que querem conhecer mais da cultura local e se divertir. Na aplicação da oportunidade é importante dizer que você é comunicativo. O Luka, dono do hostel, gosta quando os voluntários conversam bastante com os hóspedes, o que eu vejo com um ponto super positivo.

Eu sempre falo que viajar é mais que conhecer lugares, é se conectar com pessoas. Desde a cozinheira que adora conversar e não falava nenhuma língua em comum comigo; o dono do hostel que me levou pra conhecer o vilarejo onde ele nasceu; as meninas que trabalharam comigo e super me apoiaram ajudando em todas as tarefas que eu não conhecia e todos os hóspedes, são todas grandes experiências que te fazem crescer.

A troca de trabalho por acomodação e todo o dinheiro economizado são importantes, mas ficam em segundo plano nesse momento. Toda a experiência de conviver com pessoas de outros países e trabalhar com algo totalmente inusitado te ajudam a entender melhor as diferentes culturas, respeitar e se conectar de verdade com o próximo.




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