Um guia completo sobre a Floresta Amazônica: onde fica, quando ir, o que levar na mala e os melhores passeios para incluir no seu Roteiro na Amazônia, incluindo voluntariados.
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A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo e uma das regiões com mais biodiversidade do planeta. Imagina quantos lugares existem dentro da floresta para conhecer? Por isso, neste artigo vou te ajudar a montar o seu roteiro na Amazônia.
A Floresta Amazônica se estende por nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Cada um deles possui sua própria cultura, economia e história, mas todos compartilham a floresta amazônica como parte de sua biodiversidade e riqueza natural.
O Brasil é o país com a maior parte da Floresta Amazônica em seu território, cobrindo cerca de 60% da área total. O Peru, a Colômbia e a Bolívia possuem grandes áreas de floresta, com um total de 13%, 10% e 9% respectivamente. Já o Equador, Guiana, Venezuela, Suriname e a Guiana Francesa possuem partes menores.
No Brasil, a floresta se estende pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.
Embora a maior parte da floresta seja densa e selvagem, existem várias cidades e comunidades localizadas dentro da região amazônica. Confira abaixo os melhores lugares para colocar no seu roteiro pela Amazônia!
O encontro das águas é um fenômeno natural que acontece quando o rio Negro e o rio Solimões se encontram e é possível ver nitidamente a divisão entre os dois.
Ele é visível pois a água do rio Solimões é barrenta e a do rio Negro é preta. As águas não se misturam porque existe uma grande diferença na densidade, temperatura e velocidade delas.
Esse passeio é oferecido por várias agências espalhadas pelo centro de Manaus e você também pode contratar diretamente um barqueiro no porto.
Esse fenômeno também acontece entre os rios Amazonas e Tapajós, em Santarém. A água do rio Tapajós é clara com tonalidades azuis e esverdeadas, enquanto a água do rio Amazonas é escura e barrenta.
Em Santarém, é possível ver esse contraste a partir da orla central da cidade, ou durante os passeios de barco. Ah, e se você pegar um voo na cidade também vai conseguir ver nitidamente o encontro das águas. É impressionante!
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Existem várias hospedagens no meio da selva, desde as mais simples e econômicas a hotéis com ótimas estruturas e preços mais salgados. Esses passeios são mais comuns saindo de Manaus, mas também existem algumas opções a partir de Santarém ou Alter do Chão.
Os hotéis geralmente oferecem passeios de canoa pelo rio, pesca de piranhas, trilhas, observação de pássaros, visita a comunidades ribeirinhas e até mesmo acampamento no meio da floresta.
Não deixe de fazer, com certeza é uma das melhores maneiras de conhecer a floresta amazônica e ter uma verdadeira imersão.
Conhecida como FLONA, a Floresta Nacional dos Tapajós é uma unidade de conservação localizada às margens do rio Tapajós. São mais de 500 mil hectares de floresta e mais de 160 quilômetros de praias de água doce.
Os passeios saem de Alter do Chão e de Santarém, no Pará, e também é possível chegar em alguns pontos da floresta de ônibus de linha. Dentro da FLONA, existem trilhas de todos os níveis e passeios de um dia ou de vários dias, a depender do seu estilo e da sua condição física e financeira.
Há inúmeras cachoeiras em Presidente Figueiredo, então recomendo reservar no mínimo dois dias para fazer passeios nesse paraíso. A cachoeira da Neblina é uma das mais visitadas, mas é necessário fazer uma trilha de 12 quilômetros para chegar lá. O percurso é tranquilo, sendo considerado um trekking fácil.
A cachoeira da Pedra Furada também é muito procurada. São três quedas d'água e uma piscina natural. A cachoeira do Santuário e a da Asframa são opções com mais estrutura, ideais para quem está com crianças.
A cachoeira da Iracema e a das Araras são quedas imponentes, que no período de chuvas ficam com muita água, por isso é aconselhável ir com guias credenciados que conhecem bem a região. A cachoeira do Urubuí é para os amantes de aventura: tem boia cross e tirolesa.
E eu não poderia deixar de falar de uma das mais famosas da região. Provavelmente você já deve ter visto alguma foto dela: a cachoeira do Mutum.
Ah, e além das cachoeiras, há outros atrativos em Presidente Figueiredo, como fervedouros, lagoas, cavernas e grutas.
A ilha do Marajó é a maior ilha fluviomarítima do planeta, localizada a 140 quilômetros de Belém. Ela é banhada tanto pelo rio quanto pelo mar, por isso, as praias têm água salobra. Outra peculiaridade da ilha é que ela abriga o maior rebanho de búfalos do Brasil, e é comum vê-los nos campos espalhados por lá.
O Marajó possui diversas praias paradisíacas, como a praia da Barra Velha, do Pesqueiro, do Céu e Caju-una. E também é muito conhecida pelo turismo rural e turismo de base comunitária.
Os visitantes podem conhecer a produção de produtos artesanais, passear pelas fazendas, fazer trilhas por manguezais, conhecer a cerâmica marajoara, assistir a um espetáculo de carimbó (dança típica do Pará), entre outras diversas atrações.
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O Festival Folclórico de Parintins é um dos maiores eventos culturais do Brasil. O evento acontece na cidade de Parintins, no estado do Amazonas, anualmente no último final de semana de junho, em homenagem aos santos São João, São Pedro e São Paulo.
Além das apresentações dos bois, o Festival de Parintins também conta com diversas outras atrações culturais, como feiras de artesanato, gastronomia típica e apresentações de grupos folclóricos, como o Carimbó, a Quadrilha e o Siriri.
A cidade-sede do Parque Nacional de Anavilhanas é Novo Airão, localizada a aproximadamente 200 quilômetros de Manaus. É possível chegar de carro, de ônibus ou de barco.
O arquipélago de Anavilhanas possui aproximadamente 400 ilhas, 60 lagos e dezenas de paranás (canais de rio) e furos (caminhos estreitos que atravessam os igapós), formando um fascinante labirinto que pode ser apreciado de várias maneiras: de barco ou de avião, durante o dia ou à noite.
Na cheia, as ilhas e grande parte da vegetação ficam submersas, permitindo passeios que adentram os igapós (florestas inundáveis). Na seca, aparecem praias de variados tamanhos, muito apreciadas por moradores e visitantes.
Sabia que em diversos lugares da Floresta Amazônica é possível fazer um trabalho voluntário? Você pode incluir no seu roteiro pela Amazônia apenas um voluntariado ou emendar vários em diversos lugares da floresta.
Como funciona? É só buscar uma vaga na plataforma Worldpackers, criada para promover trocas de trabalho por hospedagem e outras vantagens. Existem diversas oportunidades na região da Amazônia.
Você ajuda o anfitrião com algumas horas por semana e recebe em troca a acomodação e outros benefícios, como passeios de canoa, caiaque, bicicletas à vontade, ou até mesmo refeições.
Existem muitas vagas espalhadas pelas cidades e comunidades que fazem parte da Floresta Amazônica. Eu separei a seguir três oportunidades, uma no Brasil e outras duas fora: no Peru e no Equador.
Alter do Chão é um dos destinos mais cobiçados da Amazônia brasileira. É uma vila que faz parte do município de Santarém, no Pará. Além dos diversos passeios pelos rios Tapajós e Arapiuns, o Lago Verde e a Floresta Encantada também são atrações imperdíveis na região.
E a boa notícia é que na Vila de Alter do Chão existem alguns lugares que recebem voluntários. Você pode conferir aqui todas as oportunidades.
O Hostel Don Preguiça é um lugar muito bacana para fazer trabalho voluntário em Alter do Chão: ele fica em frente a Praia do Amor e oferece acomodação e café da manhã. Em troca, o voluntário contribui com 30 horas semanais, com direito a duas folgas.
Confira os detalhes sobre o voluntariado no Don Preguiça Hostel em Alter do Chão
No Peru, é possível fazer um trabalho voluntário numa hospedaria no meio da selva, na comunidade de Shintuya, que fica dentro do Parque Nacional de Manu. O parque fica na parte sudeste da Amazônia Peruana, na região de Madre de Dios, a cerca de 100 km a nordeste de Cusco.
O Parque Nacional de Manu é muito bem preservado devido à sua localização remota. O único acesso direto às terras baixas é por meio de barcos através do rio Manu, e há somente uma estrada que faz fronteira com a parte sul do parque que fornece acesso aos Andes.
É uma oportunidade para quem deseja uma imersão total na selva amazônica, pois a comunidade é bem isolada. O trabalho voluntário consiste em ajudar na organização e limpeza da hospedaria.
São 25 horas de trabalho por semana e 1 dia livre de folga. Em troca, o voluntário recebe a acomodação e almoço. E o principal: a vivência dentro da comunidade com pessoas com muito conhecimento a repassar.
Saiba mais sobre o voluntariado no meio da selva peruana
No Equador, a comunidade Arutam Chakra, localizada na cidade de Puyo, é um exuberante espaço natural situado dentro da floresta amazônica.
Nessa comunidade, o objetivo é se reconectar com a natureza através de rituais no rio e outras atividades, como canalização de energia, meditações guiadas, dinâmicas de tantra, expedições pela mata e trabalhos de respiração.
O trabalho voluntário pode ser feito na área de construção com bambu e manutenção do espaço ou na parte de marketing digital, criando conteúdo sobre a comunidade e ajudando a divulgá-la nas redes sociais.
São 20 horas de trabalho por semana como contribuição, e em troca o voluntário ganha dois dias de folga, acomodação em quarto compartilhado, lavanderia gratuita e passeios de graça. Também pode utilizar as bicicletas do espaço e participar de todos os rituais oferecidos pela comunidade.
Confira aqui mais informações sobre esse trabalho voluntário no Equador
O clima na Amazônia é tropical e úmido, e a região tem apenas duas estações: a estação seca e a chuvosa. Cada época do ano oferece experiências únicas e a melhor época para visitar a Amazônia depende do que você deseja experimentar.
Veja o que deve levar em consideração ao planejar seu roteiro pela Amazônia:
A estação seca, que ocorre de junho a novembro, é considerada a melhor época para visitar a Amazônia. Durante essa época, o nível do rio baixa, permitindo que você explore mais áreas da floresta, já que a água não cobre trilhas e caminhos.
Também há menos mosquitos e outros insetos, o que torna a sua estadia mais agradável. As temperaturas são mais amenas, variando de 25 a 35 graus.
A estação seca também é o período em que muitos animais da Amazônia se reproduzem, o que torna a observação da vida selvagem mais fácil. Com sorte, você pode ver macacos, botos, ariranhas, preguiças, tamanduás, capivaras e uma variedade de aves e insetos.
No entanto, se você quer ver a floresta em sua plenitude e explorar suas vias navegáveis, a estação chuvosa, que ocorre de dezembro a maio, pode ser a melhor época para visitar a Amazônia.
Nesse período as chuvas intensas inundam a floresta e muitos animais migratórios chegam à região. É um espetáculo incrível ver a transformação da paisagem e ouvir os sons da floresta durante a chuva.
A estação chuvosa também é um bom momento para ver as flores e frutas da Amazônia, já que muitas espécies florescem nessa época. Além disso, o clima úmido mantém a floresta verde e exuberante.
É importante estar preparado e levar os itens certos para garantir uma experiência confortável e segura. Aqui estão algumas coisas essenciais que você deve levar para a sua viagem à Amazônia:
Ficou com alguma dúvida sobre quais são os melhores passeios para incluir no seu Roteiro Amazônia? Deixa aqui nos comentários!
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